A criança interior é a parte mais profunda e sensível em nós que guarda memórias e emoções da infância, incluindo traumas, abuso físico, mental ou sexual, falta de afeto, excesso de cobranças e críticas, instabilidade familiar, entre outros.
Quando reprimimos as emoções que esses traumas causaram, seja por medo da punição, por querer agradar os adultos ao redor ou por não ter os recursos emocionais para lidar com situações desafiadoras, elas não desaparecem; permanecem dentro de nós, manifestando-se de forma inconsciente e resultando em comportamentos como ansiedade, depressão, autossabotagem e dificuldades em relacionamentos.
O processo de cura envolve reconectar-se com essa criança interior, reconhecendo suas necessidades, dores e emoções não expressas, permitindo-nos oferecer o cuidado e o afeto que faltaram, destravando nossa vida adulta e todos os potenciais de realização que ela oferece.
Quando a criança não recebe amor e validação suficientes, tende a crescer sentindo-se inadequada e com uma visão negativa de si mesma, levando a baixa autoestima e autocrítica constantes.
Traumas ou negligência emocional na infância podem criar uma sensação persistente de insegurança, gerando ansiedade e tristeza profunda, que frequentemente se estendem para a vida adulta.
Crianças ensinadas a agradar para receber afeto podem crescer com dificuldade em impor limites, temendo desagradar ou serem rejeitadas ao dizer "não", resultando em relacionamentos disfuncionais na vida adulta.
Quando a criança não é incentivada ou valorizada, pode acreditar que não merece sucesso, o que gera comportamentos de autossabotagem em diferentes aspectos da vida adulta, afetando suas conquistas e realizações.
Para lidar com a dor emocional e traumas não resolvidos da infância, muitas pessoas desenvolvem comportamentos compulsivos ou vícios como formas de aliviar o sofrimento psicológico.
A falta de segurança emocional na infância pode gerar a necessidade de validação e apoio constantes de outras pessoas, resultando em uma dependência emocional nos relacionamentos.
Cura emocional: Revisitar experiências da infância ajuda a identificar feridas emocionais que afetam nosso comportamento, o que permite processar e liberar essas dores, promovendo a cura e o bem-estar emocional.
Autoconhecimento: Explorar a criança interior facilita a compreensão de padrões emocionais, inseguranças e medos que influenciam nossas ações na vida adulta, o que nos permite agir conscientemente em vez de reagir impulsivamente.
Melhoria das relações: Curar feridas antigas nos ajuda a estabelecer relacionamentos mais saudáveis, evitando a dependência emocional, controle e medo de abandono.
Redução de ansiedade e depressão: Emoções reprimidas podem se manifestar como ansiedade e depressão. Trabalhar essas emoções conscientemente permite superar sintomas, promovendo um maior equilíbrio emocional e bem-estar.
Melhora da autoestima e confiança: A baixa autoestima e a autocrítica estão enraizadas na infância. Dar voz à criança interior e validar suas emoções fortalece a autoestima e a autoconfiança na vida adulta.
Superação de padrões de comportamento negativos: Traumas e emoções reprimidas geram padrões de autossabotagem. Trabalhar com a criança interior ajuda a reconhecer esses padrões e a desenvolver comportamentos mais saudáveis e positivos.
Aumento da resiliência: Curar feridas emocionais da infância nos torna mais resilientes. Ao nos sentirmos mais inteiros e fortalecidos, conseguimos lidar melhor com desafios e adversidades da vida.
Tenho 36 anos, porém, só passei a viver quando comecei a curar minha criança interior. Antes disso, eu só estava sobrevivendo, sendo constantemente atormentada pelos traumas da minha infância. E o pior de tudo, sem sequer imaginar que isso estava acontecendo.
Depois de experimentar a leveza, autoconfiança e satisfação que esse processo de cura estava me proporcionando, decidi que ajudaria outras pessoas, através do meu trabalho, a se curarem também.
Ao ajudar outras pessoas a se reconectarem com suas crianças interiores, percebo como esse processo é transformador e libertador. Minha missão agora é compartilhar essa jornada e mostrar que todos nós temos a capacidade de nos curar e viver uma vida mais leve e autêntica.